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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013



OS ATUAIS PROFETAS DE BAAL





por Zé Luís. www.cristaoconfuso.com

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Interessante a facilidade com que se profetisa em tantos lugares em nome de Deus nos dias de hoje.

Profetizam cura pelo rádio, cantores lançam profecias sobre o que Deus fará em minha vida, promessas tantas que já nem me lembro quantas coisas boas terei em um futuro incerto. Mulheres grávidas escolhem o sexo de seus bebês: se tiverem fé, nascerá o garoto que esperam, se não, uma menininha.

Imagino quantas profecias são emitidas de rádios piratas, entregues nas casas, leitos de hospital, penitenciárias, asilos, creches, impessoais e falíveis, como um profecia nunca poderia ser.

Profecias são a voz de Deus, e Deus não é um velho senil que fala coisas e esquece. Na bíblia – única fonte destas informações, o povo judeu não ousava falar o nome sagrado do Altíssimo. Tamanho era o temor que eles suprimiram as vogais, tornando o nome em apenas as letras – aportuguesadas – YWHW, que acabamos por chamar de Jeová, Ieoa, Yeshua...

Algumas vertentes religiosas defendem que o nome correto de Deus tem de ser preservado, mas a verdade que até a pronuncia se perdeu, e por tanto, o “Eu Sou o que Sou”, tradução de seu Santo nome, não teria uma pronuncia correta confiável nos dias de hoje.

Esse temor judeu poderia ser algo a ser ensinado para alguns “profetas” dos atuais dias. Eles não tem temor de prometer nada a ninguém, falar em nome de alguém, sem se importar se esse Alguém pode não estar se agradando desta falação toda.

Ainda sobre bíblia, quando um profeta do velho testamento se atrevia a dizer algo da parte de Deus e a tal informação não se cumpria, a comunidade onde vivia estava autorizada a matá-lo na pedrada. Haveriam pedras suficientes para os dias de hoje?

Os irresponsáveis lembram muito outro tipo de profeta. Um daqueles que ficaram oras a fio, em coro, implorando para seu deus se manisfestasse, o que não aconteceu. Estes eram profetas de um deus pagão cananeu chamado Baal (traduzido: Nosso Senhor. Perceba que haviam uma série de cidades com esse nome, como Baal-Perazim, ou seja, Nosso Senhor de Perazim).

O que esses pseudo-profeteiros esquecem que, apesar de ainda estar no tempo onde reinam sobreanos e inundem todos os cantos com suas bobagens e manipulações, basta que apenas um seja autêntico para que sejam lançados na mais profunda ridicularização, e o mesmo povo que os segue, terão suas vendas removidas.

Então, apavorados dirão: "Vimos que estavamos nús, e por isso nos escondemos..."

Uma dica para todo aquele que diz profetizar em nome de Deus, e tal evento não acontece: esse tal não é Dele, não tem temor Dele e não merece que você o ouça, e nem tão pouco merece seu respeito. Ele usa as coisas do Pai para se aparecer, achando que não perceberão que não passa de uma farsa.


terça-feira, 23 de outubro de 2012



Quem vai me impedir de assistir a novela "Salve Jorge"?




Está marcada para hoje a estreia da nova novela das 9 na Rede Globo de Televisão. Imagino a tensão que deve envolver o lançamento de uma novela para substituir um fenômeno como foi “Avenida Brasil”. Não bastasse isso, eis que surge nas redes sociais uma campanha de boicote ao folhetim. De acordo com os promotores da campanha, o título da novela seria um insulto aos evangélicos, pois implicaria numa invocação a Ogum, entidade venerada por cultos afro-brasileiros, que graças ao sincretismo, é identificada com Jorge da Capadócia, ou simplesmente, São Jorge, santo da devoção católica. Alguns chegam a sugerir que assistir a “Salve Jorge” poderia atrair maldições.

Em se tratando de marketing, creio que Rede Globo deu um tiro no pé. Não dá pra prescindir da audiência de 40 milhões de evangélicos. A Rede Record agradece!

É claro que alguns pastores se aproveitarão para tentar incrementar a frequência dos seus cultos, abalada nas últimas semanas de “Avenida Brasil”. Nada mais eficaz do que usar o medo para coibir que os crentes deem audiência à nova novela.

Prefiro ficar fora deste tipo de campanha, por entender que qualquer que seja nossa postura, deve ser fruto de uma consciência bem resolvida e não de um boicote idiota, bem ao estilo do promovidos pelos crentes americanos aos produtos da Disney. Isso revela o grau de imaturidade e alienação em que a igreja brasileira se encontra.

Quem imagina que isso seja um fenômeno recente no cristianismo, deve checar suas fontes. A igreja em Colossos sofreu o assédio deste tipo de fundamentalismo. Paulo, como defensor da liberdade cristã, combateu-o ferozmente. “Tende cuidado”, adverte o apóstolo, “para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo”. E argumenta: “Se estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos sujeitais ainda a ordenanças, como se vivêsseis no mundo, como: Não toques, não proves, não manuseies? (estou certo de que se fosse hoje, ele incluiria “não assistas”). Todas essas coisas estão destinadas ao desaparecimento pelo uso, porque são baseadas em preceitos e ensinamentos dos homens. Têm, na verdade, aparência de sabedoria, em culto voluntário, humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor algum contra a satisfação da carne” (Cl.2:8,20-23).

Ninguém tem o direito de meter-se na vida privada do seu semelhante, prescrevendo o que deve ou não ser assistido, consumido, ouvido, etc. Cada qual deve avaliar por si mesmo. Para isso, temos recebido o Espírito Santo de Deus.

Se eu estiver em casa, e a novela estiver sendo exibida, nada me impede de parar e assisti-la. Se chegar alguém na hora, não vou trocar de canal. “Pois por que há de a minha liberdade ser julgada pela consciência de outrem?” (1 Coríntios 10:29). Foi para a liberdade que Cristo nos libertou!

Caso eu resolva não assistir, terei minhas próprias razões. Não será por medo de maldição. Nem por boicote que serve aos interesses da emissora concorrente. Não sou obrigado a assistir, tampouco obrigado a não assistir. Minha consciência que decidirá.

Quanto ao título do folhetim, não me causa qualquer mal-estar. Basta conhecer um pouco a história de Jorge da Capadócia para se dar conta de quem foi um homem temente a Deus, que morreu por amor ao Evangelho e por posicionar-se contrário à idolatria.

Também não estimulo ninguém a ausentar-se do culto para assistir a qualquer que seja a novela, seriado, filme, ou mesmo, algum programa evangélico. O culto ao Senhor é insubstituível. Quem se banqueteia com o Senhor jamais vai trocar o pão que vem do céu por um prato de lentilhas azedas.

Um povo bem alicerçado na Palavra saberá ver de tudo, retendo somente o que for bom. Somos pastores, não xerifes ou censores. Nosso papel é ensinar e ser exemplos, não policiar e cercear a liberdade daqueles que nos foram confiados.



Escrito por: Hermes C. Fernandes
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sexta-feira, 22 de junho de 2012


A menina e o REI no PARAÍSO

Como toda menina daquele vilarejo ela sonhava em um dia encontrar um grande amor, sonhava  em lugar maravilhoso, um lugar como um palácio real.
Certo dia o REI, um senhor de idade decide visitar aquele vilarejo, todos ficam alvoroçados
e lá no canto estava ela, com ar de menina e olhar de mulher, o REI manda parar a carruagem desce e fita os olhos nela, chega até ela e oferece o seu anel real, como uma aliança, uma promessa que iria dar a mão do seu filho o príncipe em casamento para ela. Todos celebram, todos comemoram e a musica toca.
Mas o tempo passa e aquela menina envelhece e a promessa fica no passado, no esquecimento, ela se envolveu com outros homens deitou em outras camas, foi levada para lugares que nem de longe parecia o paraíso que ela sonhava quando criança.
Quando ela abriu os olhos e acordou do sonho percebeu que era escrava do seu próprio corpo ou de qualquer um que pagar um pouco a mais, ninguém conhecia mais aquela menina sonhadora, nem ela mesma o silencio tinha ocupado o lugar da celebração e da musica.
Mas um dia o príncipe apareceu, e decidiu lutar contra todos que escravizavam aquela menina , decidiu lutar para resgatar a aliança de casamento que o REI tinha feito para com ela.
Ele lutou bravamente, ela estava com quem sonha, mas em uma das lutas o príncipe foi ferido e acabou morrendo, e aquele dia ouve trevas, trevas em todo o lugar............. em meio as trevas o REI aparece como o sol que brilha no meio da noite ele era tão poderoso que ele consegue ressuscitar seu próprio filho, e elimina todos aqueles que escravizaram aquela menina , ela volta a sorrir e ele manda colocar a roupa mais linda de todo seu reino, manda tocar a musica mais bela, colher as flores mais raras e marca o casamento naquele mesmo dia, o casamento no lugar mais bonito do seu palácio, um lugar chamado PARAÍSO.


E ela volta a SONHAR


BY: Marcos botelho
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terça-feira, 5 de junho de 2012



Deixando o "Evangélico" e se tornando "Convertido"



Sou a favor em usar coisas modernas em prol do Reino de Deus, tudo com um certo limite e muita sabedoria divina, para não se tornar como alguns cristãos que vejo na televisão e em alguns lugares que passo. Mas nada se compara em ouvir palavras de uma pessoa que viveu um evangelho diferente do evangelho de hoje, um evangelho de mais ou menos de 20, 30 anos atrás, um evangelho que  muitos Evangélicos de hoje considera primitivo, mas eu considero muito atual, mais real, mais profundo, bem mais verdadeiro,  mais Jesus e menos materialista, menos consumista, menos interessado em seus próprios interesses, mais interessados em cuidar de pessoas seja elas quem for.
a agradeço a Deus por ter me colocado em um lugar onde pessoas cuidaram de mim e cuidam até hoje, pessoas que me fazem ver Jesus como Jesus é na bíblia, um pai que corrige quando estou errado, um amigo que me abraça quando estou necessitado, ferido ou sozinho, ou tudo isso ao mesmo tempo, me faz ver um rei que eu adoro não pelo que ele faz mas pelo que ele é.


Mateus 5- 20
Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.    By: ((( Junior Souza )))



Texto retirado do site http://anovacristandade.blogspot.com.br/


Bem Dito


"Me perguntaram se na Nova Vida recebo homossexuais. Respondi, sim, recebo. Recebo não só eles, mas as lésbicas, os mentirosos, os adúlteros, os fofoqueiros, os arrogantes, os perversos, os viciados, toxicômanos, os deprimidos, os solitários, os sonegadores, os contraventores, os estelionatários, os alcoólatras, recebo quem ninguém quer receber, acolho todo aquele que desejar ouvir o Evangelho. Sim, no dia que não puder receber um pecador na comunidade em que sirvo, não poderei mais entrar nela, pois, de todos os que lá estão, eu sou o principal. Mas faço como Jesus, o meu Senhor, que era amigo de publicanos e pecadores, acolho com respeito e misericórdia todos os que querem ouvir a Palavra. Não me sinto no direito de fazer juízo de meu semelhante, pois isso só cabe ao Pai fazê-lo. Aprendi com a vida que não há santo sem passado, nem pecador sem futuro". Carlos Moreira


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sexta-feira, 25 de maio de 2012


        EM MEIO A GUERRA


A um certo tempo ou melhor desde que conheci o General (JESUS) eu peço para ele PAZ, mas apartir do momento que abri mão de ser escravo do mundo e abri mão de tudo que me era oferecido, eu entrei em uma guerra, uma guerra que eu tinha uma satisfação em estar nela, mas eu pedia PAZ, com o tempo descobri que essa guerra é eterna até enquanto dure, e desanimei, me entristeci e pensei mais de mil vezes em voltar a atrás, em alguns momentos me arrependi de ter pego esse caminho, senti coisas que não queria ter sentido, conheci pessoas que não gostaria de ter conhecido, e o pior minhas maiores mancadas eu cometi quando eu já estava  andando com JESUS, e isso me fez abandonar a guerra, mas eu continuei frequentando o quartel (IGREJA)  e a paz que tanto eu buscava, eu nunca encontrei, só ouvi falar dela,
até que o próprio, General me chamou na enfermaria do quartel e ali curou as feridas que eu tinha em minha alma, devolveu meu uniforme de guerra e minhas armas, mas não estava feliz em voltar para a guerra, eu queria a PAZ, até que eu percebi que a PAZ estava comigo em todo tempo, Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; ROMANOS 5.1 .descobri que a PAZ é estar guerreando a favor da minha família para os propósitos de DEUS se cumpram em nossas vidas, é estar levando libertação para os escravos que estão presos nas imuncias desse mundo e estão clamando por libertação por um libertador, a PAZ é ver em meio as lutas em nossas vidas o mover do Pai dando força e dizendo continue vai valer a pena, termino esse pequeno texto com uma frase que a anos está cravada em minha mente e no grande dia quero copiar Paulo e dizer a jesus assim: Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. 2TIMOTEO 4.7


((( TEXTO: JUNIOR SOUZA )))
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quinta-feira, 10 de maio de 2012



TEXTO DE AUTORIA: Carlos Moreira
Formado em Teologia pelo Seminário Episcopal Evangélico do Brasil e em filosofia pela Universidade do Sul de Santa Catarina.



E Se o "Filho Pródigo" Fosse Gay?





Ultimamente tenho aconselhado algumas pessoas que assumiram a condição de ser homoafetivas. Para evitar confusões, “homoafetivo” é o indivíduo que gosta e sente-se atraído por pessoas do mesmo sexo.


Curioso é que, em comum entre eles, está o fato de suas narrativas carregarem muita dor e tristeza. Elas envolvem – além dos preconceitos sociais já conhecidos – discriminação familiar, violência, abandono dos pais, expulsão de casa, chantagem, ameaças, boicotes, dentre outras questões.


Uma coisa que me chamou a atenção é que, a grande maioria deles, vem de “famílias evangélicas”! Depois de saber disto, ficou mais fácil compreender o porquê de terem desenvolvido uma profunda aversão ao que é ligado ao “sagrado” e a “igreja”. Impossível foi não lembrar de Victor Hugo: “a tolerância é a melhor das religiões”...


Você já ouviu falar do efeito borboleta? Bem, trata-se de um termo usado para se referir à dependência às condições iniciais dentro da chamada Teoria do Caos. Ele foi analisado em 1963 pelo matemático e filósofo Edward Lorenz. Numa explicação simplista, imagine um sistema caótico e extremamente sensível, onde uma pequena alteração no seu estado pode produzir uma enorme diferença no futuro. É mais ou menos isto. O exemplo clássico, que tem sido utilizado para ilustrar a teoria, é afirmar que o simples bater de asas de uma borboleta no hemisfério sul, pode provocar um furacão no hemisfério norte.


Pois bem, utilizando esta teoria, e vivendo as nuances do contexto citado acima, imaginei como ficaria a parábola do filho pródigo, descrita por Jesus no Evangelho de Lucas, se eu fizesse nela uma pequena alteração, ou seja, se transformasse o dito cujo em um gay? O que aconteceria se, ao contextualizar o personagem as idiossincrasias de nosso tempo, atribuísse a ele uma orientação sexual homoafetiva?


Bem, sendo muito sincero, acho que haveria uma profunda mudança nessa história se ela se transformasse num drama atual da vida real. Na minha narrativa, construída a partir do que tenho visto e ouvido, os desdobramentos tomam rotas bem diferentes dos da parábola.


Em primeiro lugar, não seria o filho que pediria a herança ao pai para “cair no mundo”, mas o pai – ou a mãe – é que lhe botariam para fora de casa, se possível, apenas com a “roupa do couro”, como vi recentemente acontecer com o filho de um “pastor”...


Sem dinheiro, sem abrigo, sem auxílio ou amigos, aquele jovem, provavelmente, seria acolhido pelas “ruas”, encontraria uma nova “família”, formada por cafetões, traficantes, viciados e bandidos de toda sorte, gente que nós expurgamos da sociedade e relegamos a uma vida a margem de tudo, a existência marginalizada.


Passados alguns anos, aquele jovem bonito, saudável, cheio de sonhos, já teria se transformado em um ser sem coração, sem devoção, sem emoções, existiria como um “pedaço de carne” que se vende numa esquina qualquer para sobreviver. É muito provável que, em função dos convívios, tenha se tornado viciado e adquirido alguma doença sexualmente transmitida, como a AIDS, por exemplo.


No fundo do poço, sem dinheiro, sem dignidade, sem saúde, desencontrado de si mesmo, perdido de sua alma, sentindo-se abandonado por Deus, desterrado da vida, ele, enfim, cai em si, e exclama: “voltarei para a casa do meu Pai!”.


Contudo, seria justamente aí onde seu problema tomaria proporções ainda maiores, pois, ao voltar, o pai não o estaria esperando e, surpreendido com sua “triste figura”, o rejeitaria mais uma vez. Não seria de admirar que afirmasse algo do tipo: “eu não lhe avisei que não destruísse a sua vida? Que o que você estava fazendo era abominação ao Senhor?! Agora, viva com as conseqüências de seus atos!”. E o despediria sem maiores constrangimentos... como desgraçadamente tenho visto acontecer.


Essa história, apesar de ser ficção, tem se materializado na existência de muitos, talvez bem mais do que você imagine! Mas certamente alguém vai indagar: o que é que este sujeito está querendo defender? Ele agora virou apologeta do homossexualismo? Entrou para a causa do movimento LGBT?


Bem, meu amigo, a questão aqui não é esta. Eu estou, sim, defendendo a vida, o direito de um filho ser acolhido, em qualquer que seja a circunstância, pelo seu pai, pela mãe, pela sua família! Eu estou tentando aguçar consciências de que não é jogando as pessoas no “lixo” que elas se tornarão melhores, pois pessoas não são coisas: coisas a gente usa e joga fora; pessoa a gente ama!


Na parábola descrita por Jesus, o filho mais novo lançou-se na vida, depois de pedir ao “Pai” o imponderável: a herança! E isso enquanto o mesmo ainda estava vivo! Além do mais, sendo ele o mais novo, não tinha direito a absolutamente nada. Santo Agostinho, quanto trata deste texto, afirma que o que o filho pediu ao “Pai” não foi dinheiro, mas a liberdade de viver a sua própria vida, de experimentar aquilo que lhe aprouvesse ao coração.


E assim o filho se foi... Seu bolso estava cheio de dinheiro, enquanto o coração do “Pai” cheio de tristeza e dor. Ele foi para a esbórnia, para a fanfarra, para a boemia, para a dessignificação do ser, para um viver dissoluto, que diluiu sua substância interior e transformou sua alma em pasta.


Na minha parábola, todavia, ninguém se preocuparia com nada disto, pois, ele sendo “homem”, faria tudo sem maiores problemas, uma vez que contaria com a anuência da consciência coletiva machista. Quando a grana acabasse, e ele decidisse voltar para casa, o pai faria até festa para recebê-lo, pois o “garoto” havia crescido, virado um “garanhão”, aprendido a beber e a fumar! Sim, posso até ver o pai dizendo aos amigos: “olha lá! Aquele ali é o meu “menino”! Enquanto isso, o “bebezão” estaria se esbaldando no John Walker com Red Bull. No fundo, a questão é puramente cultural, pois o que estamos tratando é de pecados mais ou menos aceitos socialmente, que carregam ou não preconceitos. Um filho pródigo "homem" todo pai aceitaria. Mas, e se fosse gay? Bem, aí já é demais...      


É bem provável que muita gente que vai ler este texto não o entenda... Outros tantos vão “descer o pau” e me chamar de liberal e outras coisas mais... impublicáveis... Mas a verdade é que eu não estou escrevendo para nenhum deles... Ainda assim oro para que jamais tenham que passar por um drama desta natureza.


Este difícil texto, meu “mano”, eu escrevo para você – pai – mãe – que tem um filho, uma filha, homossexual. E eu lhe suplico, em Nome de Jesus, não a(o) jogue na sarjeta da vida! Não o(a) entregue aos “lobos” da existência! O simples fato de você acolhê-lo(a) e amá-lo(a) pode fazer a grande diferença entra a vida e a morte! Nas palavras de Gandhi: “tolerância é uma necessidade em todos os tempos e para todas as raças. Mas tolerância não significa aceitar o que se tolera”, ou seja, você não precisa concordar com tudo o que ele faz, mas necessita amá-lo por tudo que ele é!
   
No texto de Lucas, sempre fiz a abstração de que, todos os dias, aquele “Pai” ficava no alpendre de sua casa, olhando fixamente para o horizonte, esperando com coração sofrido o dia em que seu filho voltaria para casa. O tempo passou... mas, num certo dia, ele apontou na estrada empoeirada. Chegou mal-cheiroso, mal-amado, mal-resolvido. Chegou todo “quebrado”, cortado pela navalha fria da vida, com lágrimas nos olhos e sangue nos pés. Contudo, que importava tudo isto, se ele havia voltado?


Uma coisa, todavia, para aquele jovem descrito por Jesus, fez toda a diferença: foi quando o “Pai”, com emoção incontida, afirmou: “este meu filho estava morto e reviveu; estava perdido e foi achado” e, beijando-o e abraçando-o o recebeu de volta. Como bem disse Geoffrey Chaucer: “a misericórdia vai além da justiça”.




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segunda-feira, 16 de abril de 2012



Dez coisas que amo em você, IGREJA




1. AMO TUA VOCAÇÃO PROFÉTICA. Quando exerces teu papel profético de denunciar o mal e delatar a injustiça e quando desmascaras corajosamente o rosto imundo da corrupção e serves tu mesma de espelho, para o mundo ver Jesus refletido em teu semblante.
2. AMO TUA CORAGEM DESTEMIDA. Quando desfazes os altares da vaidade, desbancas os postes ídolos do abuso de poder, detonas os totens dos falsos profetas e pastores fingidos, esses que amam a popularidade, a fama e o dinheiro e arrastam milhares de incautos à decepção e à tristeza irreversíveis, até que tu venhas e a ser alento e ponto de apoio para voltarem a caminhar, Para depois correrem livres e voarem em direção a uma vida pujante de alegria e liberdade em Cristo, nunca dantes experimentada.
3. AMO TEU AMOR DESMEDIDO. Quando te identificas com as pessoas às quais tu proclamas a verdade do Evangelho, amando-as incondicionalmente, vendo sempre o bem no outro, e incluindo-o como teu semelhante e irmão de caminhada. Se acontecer algum processo de seleção no final, cabe a Deus fazê-lo, como prerrogativa exclusiva Dele.
4. AMO TEU TESTEMUNHO IMPOLUTO. Quando, em alguns pontos luminosos de tua história, e ainda hoje se vê rasgos nítidos de tua original missão de servir de ponte de retorno entre o mundo perdido e o seio do Pai, de ser farol de referência, lucidez e honradez aos que estão à deriva na correnteza do mar da corrupção, e ser rocha firme aos que afundam na areia movediça das certezas relativizadas.
5. AMO TUA HUMILDADE, À SEMELHANÇA DE TEU MESTRE. quando te conscientizas que teu lugar é servir no vale escuro da dor e da rejeição e não no topo do mundo, debaixo dos holofotes e flashes da fácil aceitação.
6. AMO QUANDO TE MOSTRAS MADURA EM TUA PROPOSTA DE SANTIDADE. Quando descobres que o caminho da maturidade rumo à santidade é o da experiência do andar vivencial com Jesus, e não a freqüência compulsória a um culto, e a liberdade consciente como a melhor forma de amadurecimento em direção ao céu.
7. AMO TUA ESTRATÉGIA INTELIGENTE DE CONQUISTAR O MUNDO. Quando adotas a teologia encarnacional da identificação participativa e te imiscuis no meio do mundo de forma sutil, subversiva, sem alarde e autopromoção, e através de recursos didáticos criativos se utilizando da cultura e das artes, consegues mudar os rumos da história.
8. AMO TUA OBJETIVIDADE FULMINANTE. Quando não fazes “cavalo de batalha” com coisas inúteis e irrelevantes para a vida como defender doutrinas humanas, dogmas e tradições de usos e costumes, e por outro lado, enfatizas o que é essencial para a vida aqui e o porvir, como incorporar o Evangelho Simples, amar a Jesus, vivenciar o amor entre os irmãos, reunir com os amigos para conversar, assistir o necessitado, abrigar o sem casa, dar alimento ao faminto e prover uma base sólida de educação aos que não teria nenhum futuro consistente e a chance de poder sobreviver nessa sociedade de lobos vorazes que dilaceram o ânimo dos fracos e despedaçam a esperança dos pequeninos. Mas aguarde com paciência o terrível julgamento que recaíra sobre toda a alcatéia desses predadores insaciávais, por tocarem nesses amados pequeninos do Senhor...
9. AMO TEU SENSO AGUÇADO DE JUSTIÇA E MISERICÓRIDIA. Quando usas sabiamente a disciplina bíblica como elemento de cura e inclusão dos que entre ti fraquejam e tropeçam, levando-os invariavelmente ao retorno feliz, e curados, se levantam para ser referencial de vida a tantos outros que caem e tropeçam na caminhada.
10. AMO TUA MISSÃO BASEADA NA COMUNHÃO VIVENCIAL COM O MUNDO. Quando compreendes claramente que o “ide” não é um imperativo, mas “indo”, um gerúndio de convivência relacional no dia-a-dia, dando idéia de “enquanto vão, preguem”. Isso envolve a necessidade da saída do reduto quentinho e confortável do templo para a convivência despretensiosa lá fora, e sem segundas intenções, encontrar as pessoas em seus habitats, áreas de convivência, trabalho e lazer, e se tornando uma delas, fazer o Evangelho conhecido pelo servir sem nenhuma pretenção, a não ser aquela de gerar grandes amizades com os que compartilham conosco a mesma jornada de vida. Tal qual Jesus faria...

QUANDO AGES ASSIM, VIVES O QUE É SER IGREJA NO MUNDO E ENTENDES QUE SER IGREJA É MUITO MAIS DO QUE VEMOS POR AÍ... APESAR DE SER IMPRESSIONANTE O NÚMERO DOS QUE SE JACTAM PERTENCEREM AS TUAS FILEIRAS.

Postado por manoeldc no blog: http://manoeldc.blogspot.com.br

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